LEVANTAMENTO BÁSICO OU POWERLIFTING

ENTREVISTAS


Eric Oishi - Grande Expoente do Powerlifting Brasileiro Rumo à Liderança Internacional.

Eric Oishi, 27 anos, paulista, da equipe The Lifters, categoria 67,5kg, é hoje o maior expoente do Powerlifting brasileiro. Campeão Paulista de Powerlifting Junior e Estreante e Melhor Atleta Estreante (2002), Tetra-campeão Paulista de Powerlifting (2003 a 2006), Tetra-campeão Brasileiro de Powerlifting (2003 a 2006), Penta-campeão Brasileiro de Supino(2002 a 2006), Campeão Sul-americano de Supino (2005), Bi-campeão Sul-americano de Powerlifting (2005 na Argentina e 2006 no Brasil), duas vezes vice-campeão Sul-americano de Powerlifting (2003 no Brasil e 2004 no Equador), Campeão Pan-americano de Powerlifting (2005 nos Estados Unidos), duas vezes Melhor-atleta absoluto do Sul-americano de Powerlifting (2005 na Argentina e 2006 no Brasil), Nono lugar no Mundial de Powerlifting de 2003 (Dinamarca), oitavo lugar no Mundial de Powerlifting de 2004(África do Sul), quinto lugar no Mundial de Powerlifting de 2005 (Estados Unidos), Eric almeja muito mais. Leia abaixo o que Eric tem a dizer sobre sua carreira, sobre o powerlifting no Brasil e no Mundo e sobre sua preparação.

(Marília – Portal do Ferro) – Gostaria que você falasse um pouco sobre a sua história com o powerlifting e outros esportes: quando começou, o que mais o atraiu no powerlifting, que outros esportes praticou. Fale com mais detalhes, se possível, sobre os momentos mais emocionantes e importantes no esporte para você.
(Eric) - Conheci o Powerlifting através dos campeonatos de supino onde iniciei em 2002. Mesmo tendo uma séria lesão no joelho (onde até hoje tenho um parafuso no joelho esquerdo e a musculatura da coxa esquerda não iguala com a da coxa direita), resolvi entrar no Powerlifting e logo obtive uma grande evolução. O que mais me atraiu no Powerlifting foi a competitividade que ele proporciona, e mais a frente, a grande família que é o Powerlifting. Apesar de eu não ser tão velho no esporte, já passei por muitos momentos emocionantes e importantes. Cada recorde que quebro e cada título que consigo tem um significado especial. Cada Mundial que participo é de grande experiência e importância. Em 2003 fraturei a fíbula no agachamento, continuei na competição e além da fratura, com câimbras no corpo todo, conquistei meu primeiro título brasileiro de Powerlifting, ganhando de um atleta renomado e já experiente. Onze semanas depois, após fazer uma recuperação em “tempo recorde”, fui vice-campeão sul-americano de Powerlifting. No fim de 2003 fui ao meu primeiro Mundial, na Dinamarca, tendo como objetivo ganhar experiência; consegui mais que isso, pois acabei em nono lugar entre dezoito atletas; confesso que fiquei surpreso, pois eu acreditava ficar entre os quinze. Em 2004 fui ao Equador no Sul-americano de Powerlifting; com pouca experiência no esporte, peguei errado na barra no Levantamento Terra (muito fechado, pois a barra que se usava no Brasil tinha uma marcação mais aberta), e por esse motivo, não consegui completar o movimento e perdi o título por uma diferença mínima. Foi um momento muito duro para mim, pois eu tinha tudo para ganhar e perdi por uma distração. Prometi a mim mesmo dar a volta por cima no Sul-americano do próximo ano, e foi o que aconteceu. Para fechar o ano, fui ao Mundial na África do Sul, e fiquei em oitavo lugar; após a competição, fui escolhido para fazer o Exame Anti-doping, e logicamente deu negativo; foi também um momento de experiência, pois eu sempre quis saber como eram realizados os exames. Creio que 2005 foi o ano mais emocionante e importante para mim; neste ano fui o representante da América do Sul no World Games (Jogos Mundiais) no Powerlifting na Alemanha; infelizmente desclassifiquei no supino, sendo este um momento de muita tristeza, porém fui apoiado por todos ali. Dois meses depois, conquistei meu primeiro título Sul-americano de Powerlifting na Argentina, e para completar a festa, fui o Melhor Atleta da competição; a premiação final foi um momento de muita emoção para mim, pois eu vinha de uma derrota no Equador e de uma desclassficação na Alemanha; prometi a mim mesmo e foi a superação total! E para fechar este ano de 2005 com chave de ouro, fui Campeão Pan-americano de Powerlifting no Estados Unidos e também fiquei em quinto colocado no Mundial. Neste ano de 2006 também tive grandes momentos, como os recordes sul-americanos de agachamento, de terra (este o mais velho recorde adulto, de 1980) e de total, e o título Sul-americano de Powerlifting seguido mais uma vez de um Melhor Atleta do Sul-americano. Espero fechar este ano com chave de ouro e conseguir uma ótima colocação no Mundial 2006 na Noruega.

(M/PF) – Vamos falar um pouco sobre sua vida e como você combina os outros aspectos dela com o powerlifting. Você está estudando educação física, mas tem outra formação. como foi essa história anterior? Como você combina sua vida profissional e sua carreira de atleta? E a educação física, quais seus objetivos com ela?

(Eric) - Sou formado em Engenharia Mecânica e trabalhei ativamente em Usinas Hidrelétricas durante 3 anos. Com a minha evolução como atleta de Powerlifting e o término do último trabalho onde eu estava, em setembro de 2005, deixei um pouco de lado as obras de Usinas Hidrelétricas e no momento apenas ajudo a administrar a firma. Neste ano de 2006 resolvi e comecei a cursar Educação Física, onde tenho como objetivos seguir firme no Powerlifting, passar tudo que sei a frente, e se possível, montar uma academia.

(M/PF) – Família: como sua família vê sua carreira de atleta? Qual o envolvimento deles?
(Eric) - Eles não acompanham tão de perto o meu esporte, mas creio que se orgulham dos meus títulos. Como todo pai ou mãe, ficam preocupados com alguma lesão que eu possa ter, mas acredito que já estão bem menos preocupados, pois viram que no esporte, executado de uma maneira correta, não há risco mais sérios. Minha mãe torce bastante, e sempre que tem um campeonato perto de casa, ela procura ir e levar parentes e amigos. Acho engraçado quando minha mãe fala: “cuidado, não faz muita força”; ela diz isso no sentido de eu não extrapolar, porém tenho que fazer sempre muita força (risos). Minha irmã e meu cunhado também me dão uma força e sempre que podem estão juntos nos eventos. Meus pais foram importantes também me ajudando nos campeonatos que competi no exterior, dando uma força nos gastos. Hoje com o Bolsa Atleta, posso me virar melhor.

(M/PF) – Apoio ao esporte: você tem apoio de algum programa governamental ou patrocínio privado? Como foi receber esse apoio? Como você vê o apoio ao esporte amador e especialmente ao powerlifting no Brasil? ?
(Eric) - Agora em agosto acabei de receber a minha última parcela do Bolsa Atleta Internacional contemplado em 2005. Em setembro começo a receber a Bolsa Atleta 2006. Esta ajuda do governo é de extrema importância, pois me ajuda a custear as viagens das competições internacionais e os gastos com suplementos alimentares, que não são poucos. Não tenho patrocínio, pois essa é uma das exigências do Bolsa Atleta. Fiquei muito feliz ao saber que mais 7 companheiros e amigos do esporte foram também contemplados. Acredito que o melhor meio de ajudar o atleta seja desta maneira. Só lamento por o Governo não atender a todos que merecem.

(M/PF) – Gostaria que você falasse um pouco sobre sua equipe (the Lifters) e que objetivos tem com ela?
(Eric) - A equipe “The Lifters”, da qual faço parte, foi criada em 2005 devido ao desligamento de alguns atletas das suas antigas equipes. Sendo assim, estes atletas onde eu me incluo, formaram a equipe “The Lifters”. Neste ano de 2006 a equipe cresceu, com a entrada de outros atletas e o surgimento de novos atletas. Gosto da equipe em que estou, pois os atletas que nela estão, gostam e tem orgulho de representá-la. A “The Lifters” não foi criada com o intuito de ganhar o campeonato de equipes, mas é claro que ficar numa boa colocação é sempre bom. Ficamos surpresos quando no Paulista quase ganhamos da equipe GCA, empatando no número de primeiros lugares e perdendo no número de segundos lugares.

(M/PF) – A GCA: você treina na GCA e interage bastante entre os atletas da equipe. Fale um pouco da sua história com ela e como foi parar lá?
(Eric) - Conheci a GCA e o Professor Gilson Clemente em 2002, quando eu queria adentrar ao Powerlifting. Eles me ajudaram muito no meu primeiro campeonato de Powerlifting. Eu não tinha muito contato com a maioria da GCA. Só fui ter este contato mais próximo a partir de setembro de 2005, quando fiquei em definitivo em São Paulo. Resolvi treinar na GCA por vários motivos: - fui muito bem recebido pelo Gilson Clemente, que me deixou a vontade para treinar; - fui bem acolhido pelas pessoas que nela estavam; - acredito ser na GCA o lugar mais estruturado para se treinar Powerlifting no Brasil; - de todas as poucas academias existentes com condições de treinar Powerlifting, a GCA é a mais próxima da minha casa; - é na GCA que ficam as barras e os pesos da Federação Paulista, e é na GCA que está o cavalete de agachamento usado nas competições; - e na GCA havia uma funcionária muito simpática e linda, que hoje é minha namorada (risos).

(M/PF) – Gostaria que você falasse um pouco sobre a evolução do powerlifting no Brasil. Se você quiser, comente a questão da existência de federações diferentes, a relação com a IPF, normas internacionais, a busca por apoio governamental e patrocínio, a negligência da imprensa, etc. ?
(Eric) - Estou há 4 anos no Powerlifting, e desde que comecei, só vi evolução e melhoras, e em vários aspectos como:

- Melhora do nível dos atletas, tanto masculino como feminino e em todas as divisões de idade. Podemos notar isso com as inúmeras quebras de recordes nacionais, e também, com o bom desempenho de atletas brasileiros em campeonatos internacionais.
- Melhora na organização e realização de campeonatos, como em todos os materiais usados nas competições (barras, anilhas, plataforma, placar, tela com pedidas, divisões de áreas, banners, sites na internet, etc), sendo estes trabalhos realizados em sua maioria por Gilson Clemente;
- Ajuda de custo do Governo, com o Bolsa Atleta, onde em 2005 eu fui o contemplado com a Bolsa Atleta Internacional, e neste ano além de mim, foram mais sete atletas;
- Maior presença de atletas brasileiros em campeonatos internacionais;
- Melhora da relação Brasil e América do Sul com a IPF (International Powerlifting Federation) devido ao trabalho do Dr. Julio César Conrado;

Claro que tudo acima citado se refere à IPF, onde no Brasil é representada pela Confederação Brasileira de Powerlifting. Quanto às outras federações existentes e relacionando com a IPF, é simples: A IPF é a mais respeitada, a maior e mais importante Federação de Powerlifting no mundo. Tanto é a sua grandeza que atletas que competem na IPF são proibidos de competir em outras federações, cabendo suspensão a quem desacatar a ordem, pois nestas outras federações, não fazem exame anti-doping, não tem restrição de material de competição, fazem uso de outros tipos de equipamentos nas competições, executam de maneira diferente o levantamento, competem atletas punidos e banidos pela IPF por doping, etc. É a IPF que participa do World Games (Jogos Mundiais dos esportes não olímpicos); é a IPF que pleiteia uma vaga nas Olimpíadas. Não precisa dizer mais nada.
Agora quanto às federações existentes no Brasil, creio que seja uma coisa muito pior, praticamente um “câncer” no nosso esporte, difícil até de haver algum tipo de comparação ou relação. Elas contribuem para a piora do Powerlifting. O que dizer de uma federação que diz realizar um Mundial ou Pan-americano ou Sul-americano no Brasil, e não ter estas federações contatos com pessoas e atletas de outros países? O pior é que na hora da competição só tem brasileiros; no máximo arrumam alguém pra falar que é de outro país. Fico imaginando os brasileiros que participam destas competições; será que não sentem vergonha? Será que não percebem que estão mentindo para si mesmo ou sendo enganados? Se orgulhando por ganhar um “troféuzão” e, por exemplo, levantando 150kg enquanto que em um mundial de verdade da IPF levantam 250kg e ainda fazem exame anti-doping. O que eu costumo dizer, é que nem comparação há, pois são coisas diferentes; agachamento que, para quem entende, não desce o necessário; supino pior ainda, sem parada no peito, sem glúteo no banco, sem os pés plantados no chão, com camisas de supino de 2 ou 3 panos, e às vezes casos que até ajudam a levantar a barra; levantamento terra que literalmente são “levados na coxa”, ou nem encaixam direito. Aí vão dizer: É bom haver um monte de federações porque não ganho na IPF, por causa disso, por causa daquilo, etc. Acreditem, mais vale um terceiro, um quinto, um décimo lugar na IPF do que um título em qualquer outra. Comparando podemos dizer: “mais vale ficar na primeira divisão do que um título na quinta divisão”. Tem outra, se o cara já aprende errado e executa errado, quando for a um campeonato IPF vai estranhar tudo ou até errar tudo. E tem mais, essas outras federações fazem o possível para conseguir seu espaço, e às vezes, o possível para tirar o espaço da IPF. Com isso, muitos atletas ficam com os “olhos vendados” e não enxergam na IPF a mais séria e mais importante, competindo só no mundinho dessas outras federações e praticamente sem interesse na IPF. Desculpe se ofendi alguns interessados, mas este é o meu ponto de vista, e garanto que o ponto de vista da grande maioria que compete na IPF.

Quanto ao apoio governamental, fiquei feliz com as Bolsas Atletas recebidas por 8 powerlifters. Gostaria que este número fosse maior e que todos que merecem pudessem receber. Isto alivia bastante os gastos com viagens em campeonatos internacionais, inscrições, suplementação alimentar e compra de equipamentos.

Quanto à imprensa, creio que não é só no Powerlifting que os atletas se sentem menosprezados. É difícil ganhar espaço no país do futebol. Mais difícil é quando o esporte não é olímpico. Este é o grande motivo de não termos powerlifters em todos os cantos do Brasil.

(M/PF) – Treino: como você planeja e periodiza seu treino? Você tem alguma preferência metodológica? Gostaria de comentar as diferenças entre abordagens ou “escolas” no treino para powerlifting?
(Eric) - Meu treino varia conforme as minhas condições físicas, pois como já escrevi, tenho uma lesão no joelho esquerdo. Procuro sempre que possível fazer duas vezes por semana cada tipo de movimento (agachamento, supino e terra), variando a cada 15 dias um treino pesado. Os exercícios auxiliares eu realizo uma vez por semana. Calculo a intensidade e as repetições do meu treino de acordo com a porcentagem da máxima que sei que se encaixa em mim. Não sigo a risca nenhuma “escola” de Powerlifting, apenas monto meu treino de acordo com exercícios específicos de Powerlifting que fico sabendo através de internet, treinos de outros atletas e principalmente nas conversas entre amigos do esporte no Brasil. Eu e o Dr. Julio Conrado (Vice-presidente IPF para América do Sul e Presidente da Confederação Brasileira), conversamos com atletas do mundo todo nos campeonatos internacionais que participamos, e tiramos certas “lições” dessas conversas.

(M/PF) – Dieta, suplementação, composição corporal e categorias de peso: Eric, você é um dos maiores atletas do mundo na categoria 67,5kg. Você briga muito com a balança para se manter nela? Pretende subir? Como é sua estratégia dietética para otimizar sua performance e ao mesmo tempo se manter na categoria desejada? E suplementos, quais você consome? Quais não consome, mas gostaria de consumir? Quais você considera os mais interessantes para os atletas de força? ?
(Eric) - Obrigado pelo “um dos maiores atletas do mundo na 67,5kg”, porém não me considero assim ainda; quero tentar mostrar um pouco disso neste mundial na Noruega que está por vir. Respondendo a sua pergunta, estou no limite do peso, porém não acho que brigo tanto com a balança, tendo em vista atletas que pesam cerca de 70kg e baixam para 67,5kg na hora do campeonato. Quando mantenho uma certa dieta, chego com tranqüilidade dentro dos 67,5kg; quando saio totalmente da dieta, tenho que fazer um sacrifício na última semana. Esse sacrifício seria cortar o carboidrato à noite e diminuir a ingestão calórica; fico praticamente me alimentando a base de fibras, batata cozida e peito de frango. Creatina é um suplemento que quando tomo, aumento meu peso entre 1 e 2kg, e por isso tenho que ficar esperto quando tomar. Me suplemento bastante. Na época que estou em competições e treinos mais intensos a suplementação alimentar é grande: consumo Whey Protein, BCAA’s, Glutamina, HMB, Packs de multi-minerais, Vitamina C, Potássio, Glucosamina e Condroitina, Dextrose, e às vezes Produtos para emagrecimento, NO e Creatina. Os suplementos também variam de cada tipo de atleta, pois tem aqueles que estão no limite do peso e outros que podem comer à vontade. Acho essenciais Whey Protein, BCAA’s, HMB e Multi-minerais..

(M/PF) – Um assunto delicado e controverso: esteróides. Qual é a sua opinião sobre: a. a disseminação do uso de esteróides entre atletas e não-atletas; b. o combate ao doping pelo Comitê Olímpico Internacional e as exigências feitas ao powerlifting?
(Eric) - Não recrimino alguém que opta por usar esteróides, opção dela; vai fazer mal a ela mesma e não a mim. Espero que ela saiba o perigo que está correndo. Porém acho injusto alguém que faz uso não só de esteróides, mas como de qualquer outro tipo de doping, competir com alguém que seja limpo, ou seja, livre de substâncias proibidas. Condições iguais para todos, e neste caso não há. O pior é que vem aumentando nas academias o número de pessoas que fazem uso de esteróides, pois estes são mais eficazes e mais baratos do que por exemplo, uma suplementação alimentar. Mesmo com um monte de avisos sobre os males causados pelos esteróides, acabam optando pelo seu uso.

Pelo que venho acompanhando, o COI e as agências de anti-doping no mundo estão à procura de todo tipo de substância dopante. Eles não enfrentam apenas os atletas, mas também os laboratórios que andam na contra-mão.
No Powerlifting na IPF, eles estão pegando pesado com relação ao doping, pois querem mais do que nunca virar esporte olímpico. Podemos citar os inúmeros casos positivos de doping de 2003 a 2006, e as suspensões até o final de 2007, das federações russa e ucraniana. Eu pude ver de perto essa “Blitz”, pois em 2004 no Mundial da África do Sul, além dos 3 primeiros, fizeram exame anti-doping eu (que fiquei em oitavo) e mais dois atletas da categoria, ou seja, 6 exames por categoria. Bastante não? O Brasil e a América do Sul estão tentando cada vez mais fazer os exames anti-doping. O problema aqui é o alto custo de um exame, onde não se pode cobrar alto em uma inscrição. Porém em 2005 foram feitos exames anti-doping no Brasileiro de Powerlifting e no Sul-americano de Supino, onde neste último, eu fiz novamente o exame anti-doping.Neste ano de 2006 foram feitos exames anti-doping no Sul-americano de Powerlifting. Para 2007 tentarão realizar mais exames ainda. São exigências da IPF para com a América do Sul.

(M/PF) – Powerlifting no mundo: seremos um esporte olímpico? Que futuro você vê para nosso esporte?
(Eric) - Acredito que o Powerlifting se torne um esporte olímpico, pois vejo de perto o trabalho sério da IPF (International Powerlifting Federation), em querer tornar o Powerlifting olímpico. Não imagino exatamente quando isso possa acontecer; talvez em 2012. Para isso a IPF está pegando pesado no combate ao doping; não é a toa que suspenderam até o fim de 2007 as Federações Ucraniana e Russa, por estas apresentarem um grande números de exames anti-doping positivo.

(M/PF) – Finalmente, quais são seus principais objetivos e sonhos no powerlifing?
(Eric) - Desde quando iniciei no Powerlifting, sempre fui traçando objetivos, e ao alcançá-los, sempre traçava outros mais ousados. Era um sonho ser campeão paulista, depois brasileiro, depois estar entre os melhores do Brasil, depois ser campeão sul-americano, campeão pan-americano, ser melhor atleta dos campeonatos paulista, brasileiro, sul-americano. A cada marca ou recorde quebrado, quero sempre aumentar. A cada colocação no mundial, quero sempre melhorar, nem que seja subir uma colocação em relação ao ano passado. Mas confesso que já fiquei muito feliz com o quinto lugar no mundial de 2005. O meu maior sonho hoje no Powerlifting é conquistar alguma medalha no mundial, seja ela de movimento individual (agachamento ou supino ou terra) ou uma medalha no total. Ficar em terceiro do mundo seria a glória para mim, mas confesso que este ano será difícil de isso acontecer. Bom, sonhar não custa nada, e foi sonhando que conquistei tudo até hoje no Powerlifting. Valeu o espaço Marília, e obrigado a todos que me ajudam e que colaboram com este esporte empolgante, apaixonante e cheio de adrenalina!.

 

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